sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Entrando na Fortaleza Nedragaard

Ao avançarem pela Grande Fenda naquela manhã cinzenta, o grupo já podia avistar os cotornos da imponente Fortaleza Nedragaard, no coração de Sithicus. O castelo era cercado por uma enorme muralha de cerca de 8 metros de altura. A única entrada era uma ponte levadiça que estava muito velha e danificada. Mesmo assim, os impetuosos aventureiros resolveram cruzar a velha ponte de madeira que ligava a estrada ao portão do forte. Aparentemente não havia ninguém guardando a entrada da cidadela. Mas uma coisa era certa: os elfos de Sithicus jamais se aventuravam por estas bandas por vontade própria...

Conforme a cigana Magda havia falado, esse castelo foi um "presente" dos Poderes Sombrios ao Cavaleiro da Rosa Negra. Era, portanto, uma imitação imperfeita da fortaleza de Lord Soth em Krynn, o Castelo Dargaard. A cigana também alertara o grupo da presença de 13 Banshees, que todas as noites cantavam para Soth a sua maldita história, lembrando-o eternamente de seus crimes e maldições. A incursão ao castelo deveria ser feita na luz do dia, pois nessa hora tais seres estariam mais fracos e incapazes de lançar seu grito mortal. Além disso, Soth contava com a companhia de seus 13 cavaleiros mortos-vivos, que haviam lhe servido em vida e agora faziam a guarda do castelo.

A presença do mitológico dragão azul de Kitiara antes gerava medo e desconfiança do que certeza de vitória. Aquela formidável besta havia matado milhares de homens e mulheres em Krynn e somente aceitou colaborar com esse bando de forasteiros movida por um único desejo: vingança contra Lord Soth, o traidor de sua senhora!!! Além disso, Skie (ou Khellendros, como exigiu ser chamado) estava cego e algum tipo de feitiço o impedia de se aproximar do Forte Nedragaard. Será que o Cavaleiro da Rosa Negra havia se preparado para este encontro? Como poderia ele saber que o fiel servo de Kitiara viria em sua perseguição, nesse mundo perdido de brumas e sofrimento? Sem refletir sobre essas questões sem resposta, o grupo iniciou a invasão da fortaleza, enquanto o enorme dragão esperava ali fora, prometendo responder a um chamado de Beren.

Após vasculharem algumas galerias no andar térreo do prédio, o grupo encontra um grande salão. Lothar acende tochas nas paredes com um feitiço, providenciando a iluminação necessária. A sala é alta e espaçosa, mas tomada por um aspecto de abandono. Uma imagem gravada numa fina tapeçaria se distingue em meio a outros enfeites que adornam o ambiente: um imponente dragão de cinco cabeças. Logo em seguida, o som de algo metálico arrastando-se toma o salão. O som parece vir de duas escadarias localizadas nas laterais da ampla peça, que serviam de acesso ao andar superior. Subitamente, surgem 2 Guerreiros-Esqueletos vestindo pesadas armaduras e carregando espadas enferrujadas. Eles perguntam - Quem está aí? - diante de respostas múltiplas e desconexas, os mortos-vivos partem para cima do grupo.

A luta foi brutal: Dimitre subiu alguns degraus e bloqueou a passagem de um dos oponentes. Beren avançou sobre o outro, na escadaria oposta. Lothar sacou frascos de água benta e atirou-os sobre um dos esqueletos. No mesmo instante Capsoniwon corria pelo flanco e lançava sua Teia Mágica, deixando imobilizado o esqueleto que duelava com Dimitre. Mas as criaturas não se entregavam! Lutavam ferozmente contra múltiplos atacantes como se estivessem defendendo algum tesouro ou talvez o que restava de sua honra. Os golpes se sucediam e os cavaleiros não demonstravam nenhum cansaço ou exitação. Depois de muito esforço por parte dos aventureiros, os guardas de Soth tombaram pela última vez. A água consagrada por Lothar dissolvia as armaduras e os ossos daquelas criaturas horrendas lentamente, enquanto os companheiros se refaziam daquele encontro sobrenatural...

Após a batalha, o grupo buscou esconder-se rapidamente. O barulho da luta poderia ter alertado os demais guardas sobre a presença de instrusos. Os companheiros correram para o outro extremo da sala e arrombaram uma porta. Descobriram uma ferraria, repleta de armas e armaduras esquecidas pelo tempo e cobertas de ferrugem. Num exame minucioso, Beren descobriu algumas peças bem conservadas: um elmo de guerra, um escudo médio e uma espada curta. Por um breve momento os guerreiros experimentaram os itens e se prepararam para um novo assalto. A jornada deveria prosseguir!

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