Raistlin estava dormindo na biblioteca real do Castelo de Ashtun, guardando o Agrippa, um livro blasfêmio que supostamente guardava segredos de Demonologia. Ao acordar, naquela mesma noite fria, viu-se cercado por um anão e 4 Guerreiros–Esqueletos com armas em punho. O anão parecia dar ordens ao feiticeiro, de maneira rude. Não entendendo uma palavra daquele idioma estranho, Raistlin tentou se comunicar em elfo. O anão respondeu:- Quem é você forasteiro?
- Sou Raistlin
- De onde você vem, com esse sotaque estranho?
- Da floresta do sul
- De onde veio esse castelo?
- Não entendo do que você está falando...
- Deixe-me ver esse livro! Vou levá-lo até Lord Soth, para um interrogatório!
O anão também é atingido com fogo quando toca no livro. Então ele manda que um dos guardas mortos-vivos que o acompanha carregue o livro. Nada contece ao guarda. Os outros seguram o feiticeiro e amarram suas mãos. Raistlin é levado como prisioneiro! Reagir nessa situação seria morte certa!
O anão tomou todos os pertences de Raistlin – Grimório, cajado, bolsa, anéis (exceto as roupas) – e o colocou em seu carro-de-guerra, amarrado e sob a guarda dos cavaleiros. No meio do caminho houve uma parada em uma floresta. O anão encontra um mensageiro que lhe diz para seguir em direção a uma cidade chamada Har-Thelen, pois "seu informante vistani tem novidades muito importantes". Essas informações não faziam muito sentido pro elfo. O anão manda os 2 guardas levarem Raistlin até a fortaleza Nedragaard, em uma carroça.
No caminho, após meio dia de viagem, os Esqueletos-Guerreiros são atacados por um grupo de Elfos Selvagens, que apedrejam a carroça. Em meio à confusão, Raistlin consegue escapar, ficando invisível. Voltando até a carroça, ele consegue recuperar alguns de seus pertences. Ele está só, muito faminto e cansado. Após vagar por 1 dia inteiro, o elfo chega até uma pequena vila de agricultores. Pelo que nota-se, os elfos que ali habitam sofrem de alguma espécie de amnésia. Eles tentam ajudar o mago, mas após descansar um pouco ele logo parte para o sul em busca de alguma cidade...
Seguindo pela margem do Rio Musarde até uma vila de pescadores, Raistlin encontrou uma embarcação sendo reparada. Após os contatos iniciais com o capitão Jesfin e sua tripulação, ficou combinado que o elfo seguiria a bordo em dreção ao sul, até as minas de Veidrava. lá o comerciante receberia uma carga de Sal para comercializar na Invídia. Alguma coisa dizia a Raistlin que seus antigos companheiros estavam por lá...
O capitão conversou longamente com o elfo durante a viagem e lhe deu algumas informações sobre a situação do reino nesses dias: O anão Azrael Dak tem procurado incessantemente por uma mulher chamada Kitiara, por ordens de Lorde Soth. O Cavaleiro, no entanto, não é visto publicamente há cerca de 2 meses. Nesse mesmo período começaram a acontecer terremotos e desastres pro toda parte de Sithicus e os elfos têm apresentado sintomas de amnésia. Isso dificultava os negócios e o navegador repetiu seguidamente que seria seu último negócio em Sithicus...
Depois de 2 dias descendo o rio, a tripulação desembarcou no pequeno porto que levava até Veidrava. O capitão pediu que Raistlin fizesse uma entrega para ele no vilarejo. Combinaram que no final daquele dia o barco partiria ao norte. Raistlin, ainda muito fraco e cansado pelas privações durante o cativeiro, subiu a íngreme e castigada estrada com dificuldade. No caminho, durante um pequeno desvio, encontrou a carcaça de 2 Behirs. O mago prontamente arrancou-lhes os chifres, considerados componentes mágicos de grande raridade e valor. Pensou consigo em que teria matado criaturas tão ferozes. Ao alcançar a cidade, se espantou com o abandono do povoado. A casa onde a entrega deveria ser feita estava abandonada e o elfo resolveu seguir um conjunto de pegadas que contornavam a entrada da mina por uma velha e esquecida trilha. O trajeto levou-o até um pequeno e velho cemitério de mineiros, atrás da montanha. Ao se aproximar, pôde ouvir gritos de batalha e o som de aço cortando a carne! Raistlin apressou-se e escondeu-se atrás de alguns pinheiros centenários que circundavam o cemitério. Ali, em meio a tumbas e lápides, uma enorme bando de Ghouls se lançava sobre um grupo de aventureiros ainda indistinguíveis àquela distância...

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