
Os viajantes passaram mais algumas horas marchando em direção ao norte, na região mais isolada, indicada pelos Elfos Selvagens como o local onde se encontrava o covil da Hydra. Não se podia enxergar os limites da estrada e os desfiladeiros tornavam-se cada vez mais profundos. O tempo parecia mais fechado e a noite já se avizinhava no horizonte. Os aventureiros mal sentiam seus pés enquanto andavam por entre a neve. Uma ponte partida era vista à distância. Do outro lado dela, uma série de cavernas se mostrava na encosta de uma grande montanha. Raistlin se aproximou dos limites da ponte e observou calmamente a paisagem. O feiticeiro tentava localizar algum ramo da erva no meio daquela imensidão gelada. Os demais também seguiam naquela direção, até que ouviram um estrondo seco, de algo enorme rastejando e derrubando tudo no caminho.
Um criatura monstruosa emergiu das rochas, ao lado da estrada, causando um desabamento. O ser reptiliano tinha 12 cabeças e se arrastava pesadamente sobre 4 patas. O grupo, surpreendido pelo tamanho do animal, buscou cercá-lo por todos os lados, empurrando-o contra o sólido paredão que se colocava às suas costas. Dimitre partiu em carga, montado em seu cavalo. Capsoniwon iniciou uma chuva de flechas sobre a grossa carapaça do enorme réptil. Thynnus sacou suas 2 espadas e desferiu golpes em um dos flancos do monstro. Raistlin lançou uma saraivada de Dardos Místicos, enquanto Lothar iniciava suas preces para convocar um relâmpago sobre o animal. A luta foi insana, pois cada vez que as cabeças da besta eram cortadas, outras brotavam em seu lugar. Era preciso atear fogo nas feridas para impedir o animal de se multiplicar infinitamente. A luta começou a tomar lugar ao lado de um desfiladeiro. Capsoniwon, valendo-se dos poderes de sua capa, escalou um paredão ao lado do monstro e desferiu nova chuva de setas sobre seu corpo. Dimitre ceifava as cabeças da Hydra a golpes de espada, enquanto seu cavalo se mantinha destemidamente no alcance daquelas garras. Finalmente a criatura tombou sem vida. Raistlin então lançou uma bola de Fogo sobre aquele imenso cadáver reptiliano, que acabou consumido pelas chamas. Os aventureiros mais uma vez suspiraram com alívio: fora alguns ferimentos, estavam todos vivos e seguros ao final da batalha.
Após a batalha, Raistlin criou um Servo Invisível com o intuito de explorar as cavernas que existiam do outro lado da ponte destruída. Talvez a erva pudesse ser encontrada ali; ou seria mera curiosidade do mago? O servo mágico entrou nas cavernas e encontrou pilhas de ossos humanóides. Um deles chamou a atenção do mago, pois junto dele estava um medalhão dourado com um orifício vazio no centro. Provavelmente uma jóia ou outra espécie de ornamento que se perdera encaixava-se ali. O mago ordenou que o servo trouxesse até ele alguns ossos daquele corpo em particular e o medalhão. Ele voltou ao grupo e sentou-se para poder se concentrar e lançar feitiços sobre aqueles objetos.
Enquanto o mago se concentrava, uma imagem formou-se na sua mente: ele se viu andando em um lugar incrivelmente quente; uma espécie de deserto infernal. Estava contando passos em voz alta, até avistar um templo de pedras. Ele carregava uma joía nas mãos. Uma jóia idêntica àquela que Dimitre tinha recebido de Madame Magda! De repente, essa vivência foi interrompida por outra imagem: agora ele estava finamente vestido, andando em um corredor iluminado por tochas. Em suas roupas está bordado o emblema de uma Rosa Vermelha. Raistlin se viu entrando em um quarto, onde uma linda mulher está dormindo ao lado de um berço. Ele carrega um punhal em uma das mãos. Ele se aproxima da mulher. Ele está sacando o punhal e apontando para o corpo da indefesa dama. Ele ergue o punhal no ar...Ele vai...Raistlin acorda num sopetão, soltando um grito! Mal consegue respirar. E um nome se repete em sua mente: Caradoc
Após recuperar-se da surreal experiência de reviver mentalmente os últimos instantes de vida daquele corpo, o mago reiniciava suas buscas pela planta mágica Oiolosse. Enquanto isso, os demais montavam acampamento em uma galeria que encontraram perto do covil da Hydra. Depois de algumas horas procurando, o elfo finalmente encontrou um pequeno ramo que vigorosamente lutava contra a neve para poder brotar. Ele crescia nas pedras, próximas ao covil da Hydra, conforme havia dito a cigana. Tendo colhido a miraculosa planta, puseram-se a preparar o corpo de Beren para o bendito ritual. O corpo do elfo havia se conservado bem naquele frio cortante, e na manhã seguinte ele acabou por ser ressuscitado! Mais um milagre acontecera nesse reino de escuridão. Por um instante, um novo sopro de esperança reanimou os cansados corações dos companheiros...

Acho que esse Raistlin tem uma atitude meio individualista. Aposto que mandou o figurinha pegar coisas no covil sem alardear o grupo. E digo mais. Baita cagão. Tinha que ter entrado lá ele mesmo. Isso sem falar que tinha um livro necromânctico BALA na caverna que o figura invisível não achou.
ResponderExcluirbáhhhh