quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nas Minas de Sal de Veidrava

A população de Veindrava é bastante hostil e supersticiosa, não recebendo bem qualquer vistani e/ou meio-vistani na vila. O pequeno povoado parece ter um clima soturno e abandonado. O grupo encontra apenas um armazém aberto. Conversando com o rude homem que trabalha ali, o grupo acaba sabendo que metade dos trabalhadores abandonou as minas depois de estranhas mortes e acidentes de trabalho, há cerca de 4 semanas. Eles também descobrem que a mineração está suspensa há 2 semanas por ordem de Azrael e que durante esse período, as visitas do senescal de Soth foram mais freqüentes, especialmente a uma galeria de túneis abandonada na parte sul das minas, onde a maioria dos acidentes ocorreu. O anão teria levado os corpos dos mineiros (7 ao total) sob a alegação que iria examiná-los para investigar as causas das mortes, negando às famílias dos mineradores o direito a um funeral digno.

Quando o grupo entrou nas veias abertas daquela mina de sal, numa região supostamente abandonada, uma verdade incômoda não saía de suas mentes: "Capsoniwon está morta!" Esse infortúnio só poderia ter acontecido nesse mundo sombrio e pervertido conhecido como Terra das Brumas.

Após vagar pelas infindáveis galerias subterrâneas, Grimble encontrou uma escada rusticamente trabalhada que parecia levar mais ao fundo da montanha. Aquele lugar provavelmente esteve selado por muito tempo, mas parece que os recentes tremores de terra o revelaram denovo. O vento soprava gélido naquele lugar abandonado e o ar estava tomado pela umidade, o que parecia indicar que o grupo se aproximava do tal Lago do Sons.

Após algumas buscas, foi achada uma ampla galeria com um altar de pedra no centro. Era a descrição da Capela Negra da qual Magda havia falado. No altar havia uma cavidade onde Beren fixou a pedra negra que lhe foi dada pela chefe dos Andarilhos. Ao pegá-la de sua bolsa, no entanto, Beren notou algo incomum na jóia: a imagem de uma mulher agoniada, presa dentro da pedra. Suas feições eram parecidas com a de sua irmã morta, mas ela usava uma armadura pesada e uma capa azul cintilante. Ao colocar a pedra no altar uma enorme passagem de pedra maciça se abriu na extremidade oposta ao altar. Um odor pútrefe tomou a sala. Dimitre paralisou-se por alguns instantes, lembrando que naquele lugar, seu pai perdeu um pouco de sua sanidade. O grupo então se lançou a exploração daquele templo maldito. Beren retirou a pedra do altar e correu, atravessando a passagem por último. Uma sala mais ampla, escavada no coração da montanha surgia diante dos olhos dos aventureiros. Ali estava o mítico Lago dos Sons! As palavras da cigana ecoaram nas almas do grupo: "É um lago de águas escuras, envenenadas e sem reflexão, onde escutam-se vozes perdidas em lamentos. Segundo dizem, é um lugar assombrado...mas ouvindo essas vozes, é possível descobrir como sair de Sithicus e até mesmo desse mundo.” Será que essa lugar de danação poderia trazer Capsoniwon de volta a vida? A que preço?

Examinando a sala, foi possível perceber três bocas esculpidas nas paredes. Subitamente, um som estridente e obtuso começa a prencher o local, repertindo desordenandamente a seguinte frase:

A alma torturada volta a descansar
Quando a sentença for cumprida
E uma Rosa Negra irá desabrochar
Mostrando aos forasteiros a saída


Depois de ouvir vozes que lembravam os pesadelos mais terríveis, parecia que algo se movia naquelas águas negras...Criaturas bestiais saíam, uma a uma, do interior do lago. Eram Nagas Negras, serpentes com cabeça humanóide, conhecidas por seu forte veneno e seus poderes mágicos. O grupo lutou bravamente, com Beren, Dimitre, Thynnus e Grimble lançando-se em fúria e aço sobre as bestas. Após derrotarem-nas, os aventureiros procuraram uma saída, encaixando a pedra negra nas bocas esculpidas nas paredes. Para cada tentativa, um resultado diferente, até que um novo túnel é descoberto. Ele era extenso e estreito, parecendo mais um esgoto. A corrente de ar parecia indicar que ele levaria para algum ponto fora da mina. Grimble pede para os demais o esperarem, pois seus passos curtos o deixaram um pouco para trás. Ao caminharem pelo túnel, os membros do grupo pensavam: todo esse esforço e sacrifício para mais uma charada! Em meio a tantos enigmas os cansados aventureiros pensaram, por onde andaria Tim, o bardo...

Ao saírem do túnel, o grupo avista um campo coberto pelas névoas. Um odor insuportável enchia o vento e sons de alguma coisa rastejando ou mastigando vinham do misterioso local. De repente, um estrondo grave como um martelo ecoa pelas costas dos aventureiros, fazendo o chão tremer e muita poeira levantar: um desabamento furioso fez ruir aquela velha passagem no interior da montanha. Alguns instantes se passaram até que os companheiros percebessem o pior. Grimble ainda não havia saído da passagem subterrânea! Nada deve ter sobrado daquele anão ranzinza, cruelmente tragado pelas rochas da mina de sal.

Mas pouco tempo restava para lamentações! O nebuloso campo a frente dos aventureiros era na verdade um velho cemitério dos mineradores. E os ruídos que vinham dali agora se mostraram mais assustadores: eram de um bando de 12 Ghouls que violavam tumbas e alimentavam-se de cadáveres ali sepultados. Ao verem os aventureiros por perto, partiram em um ataque alucinado. Os guerreiros empunharam suas armas e iniciaram a carga com assombrosa fúria, como se os golpes que desferiam naqueles carniçais medonhos carregassem toda a raiva pela morte da companheira. A luta tomava proporções animalescas quando um dos carniçais partiu em direção ao corpo inerte de Capsoniwon, encostado a uma rocha. A abominação da noite sentia o cheiro de morte fresca naquele delicado corpo. Dimitre, Thynnus, Beren e Lothar combatiam 2 ou 3 carniçais cada um, não havendo como proteger o cadáver da elfa. Nesse instante, um vulto que já vagava por detrás dos escuros pinheiros do velho cemitério há alguns instantes se revela: com algumas palavras e gestos intrincados, um elfo conjura uma poderosa Bola de Fogo sobre o Ghoul que tentava alcançar o corpo de Capsoniwon. Logo depois, outra explosão incendeia o centro do cemitério, destruindo 3 carniçais de uma só vez. Os companheiros olham para aquele furtivo visitante e reconhecem: Raistlin, o feiticeiro elfo...

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